sexta-feira, 17 de junho de 2011

CORPUS CHRISTI



CORPUS CHRISTI – ANO “A”5ª FEIRA 23 DE 06 DE 2011



“Quem comer deste pão viverá para sempre”
“Todas as vezes que comemos deste pão e bebemos deste cálice, anunciamos Senhor a vossa morte, enquanto esperamos vossa vinda”
Celebrar a Eucaristia - sacramento da unidade - é renovar a aliança selada no sangue do cordeiro, que se entregou por nós. Para se chegar a Eucaristia é o serviço: de Jesus e nosso.
Festa da Eucaristia, festa de um só pão para um só corpo. Como outrora, no deserto, Deus alimentou seu povo com maná, alimenta-nos hoje com a carne e o sangue de seu Filho, alimento que dura a faz viver para sempre. Eucaristia é comunhão com o Senhor e com cada membro do seu corpo eclesial e nos convida a nos transformarmos naquilo que recebemos.
Um só pão, um só corpo. O corpo de Cristo Eucarístico e o corpo de Cristo eclesial. Não podemos separar; não se comunga o corpo de Cristo sem comungar o corpo do irmão, sobretudo o fraco pelo qual Cristo morreu. Não transformemos a Eucaristia em idolatria, 2ª leitura (ICor 10,16-17). Comer a carne e beber o sangue do Filho do homem é assimilá-lo inteiramente, tornado-se como Ele, Evangelho (Jo 6, 51-58).
A Eucaristia é a memória do dom maior que Deus nos faz enquanto caminhamos 1ª leitura (Ex 24, 3-8).
A memória da precariedade do deserto e da benevolência de Deus para seu povo tinha finalidade pedagógica: mostrar ao povo que o ser humano não vive somente de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus (Dt 8,3), ou seja, os mandamentos (Dt 8,2), compromisso de aliado de Javé. A pedagogia é apresentada como humilhar e pôr à prova (Dt 8,2), dobrando a auto-suficiência, para que o povo não se esqueça, do Senhor Deus, que o tirou do Egito, da casa da escravidão (Dt 8, 14b).
Comunhão com Jesus e o Pai. É conhecida no Evangelho de João a estreita comunhão entre Jesus e o Pai. Isso é salientado desde o começo (Jo 1,1), quando se diz que a Palavra estava junto de Deus e voltada para Deus, e também depois que se fez homem, ela continua voltada para o Pai (Jo 1,18). Esse Evangelho tem afirmações que não existem nos outros: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10, 30); “Quem me viu, viu o Pai” (Jo 14, 9). Pois bem, essa comunhão estreita e forte entre Jesus e o Pai se estende aos que comem a carne e bebem o sangue do Filho do homem. A vida que o Pai partilha com o Filho é partilhada também com quem adere ao Filho, formando uma trindade de comunhão: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue vive em mim e eu vivo nele. E como o Pai, que vive, me enviou, e eu vivo pelo Pai, assim, aquele que me recebe como,alimento viverá por mim (Jo 6, 56-57).
Pe. Rosevaldo Bahls
padrerosevaldo@terra.com.br
18 de 06 de 2011.

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