HOMILIA DO V DOMINGO DO TEMPO COMUM DO ANO B DO DIA 08/02/2015
JESUS CUROU A SOGRA DE PEDRO.
Primeira
Leitura Jó 7,1-4,6-7.
Salmo
146(147).
Segunda
Leitura 1ª Coríntios 9,16-19.22-23.
Evangelho
Marcos 1,29-39.
VOCÊ JÁ REZOU HOJE?
Prezados irmãos e irmãs em Cristo Jesus. A liturgia
desse domingo nos revela que através do sofrimento nós nos aproximamos de Deus.
Por outro lado, esse mesmo Deus está sempre empenhado em nos libertar do
desconforto, causado pela doença assim como pelos pecados. Aí de mim se
não pregar o evangelho! Vamos nos deter em alguns versículos da primeira
epístola de Paulo aos Coríntios proposta como segunda leitura deste domingo.
Paulo fala de sua incumbência de ser pregador do evangelho. Estamos diante de
um homem vestido da convicção de que sua vida será proclamar pela palavra e
pela vida a Boa Nova que tem um nome bem preciso: Jesus Cristo, o Senhor, o
Ressuscitado que invadira a vida de Paulo no caminho de Damasco. “Pregar o
evangelho não é para mim motivo de glória. É antes uma necessidade para mim,
uma imposição. Ai de mim se não pregar o evangelho!” Quantas vezes já ouvimos
essa palavra, esse termo que vem do grego, evangelho, que significa boa nova.
Deveríamos aqui escrever com maiúscula: Evangelho. Força, dinamismo, energia…
tudo isso por detrás de um homem que, depois de passar pelos tormentos da
condenação e do abandono na cruz, ressuscitou para inaugurar um mundo novo.
Esse Jesus que hoje está no Pai e ao mesmo tempo percorre os caminhos da
humanidade como já fazia no primeiro dia da semana indo de Jerusalém para
Emaús… Ele é o Evangelho. Ele continua convocando, chamando, olhando nos olhos
das pessoas para que deixem os telônios, desçam das árvores, abandonem os seus
pequenos e mesquinhos interesses e o sigam pelas trilhas da libertação do
próprio ego, pelos caminhos de uma vida transparente, generosa, devotada ao
outro, uma vida de amor, uma vida viçosa que nasce da morte do grão de trigo.
Crianças, jovens, casados, idosos, pessoas com saúde e outras doentes precisam
ouvir a Boa Nova. Por isso, os pregadores são importantes. Pregadores do Senhor
e não de si mesmos. Servos do Evangelho e não pessoas que falam por falar. Ai
de mim, dirá Paulo, se não evangelizar. O apóstolo se deu conta que sua
existência seria toda em função desse empenho de atingir o mais íntimo de cada
pessoa e fazer com que elas compreendam o que significa ter uma paixão por
Cristo. Imagino a imensa paz e felicidade de um sacerdote segundo o coração de
Deus, de um pai e de uma mãe de família vestidos do Evangelho e evangelizando.
Felizes aqueles que fazem de sua vida devotamento pelo Evangelho, por Cristo
que quer, através de seu ministério atingir vidas e transformar existências. São
João Crisóstomo, um dos maiores padres da Igreja, assim escreve a respeito de
Paulo: “Realmente no meio das insídias dos inimigos, conquistava contínuas
vitórias, triunfando de todos os seus assaltos. E, em toda parte, flagelado,
coberto de injúrias e maldições, como se desfilasse num cortejo triunfal,
erguendo numerosos troféus, gloriava-se e dava graças a Deus (…). Corria ao
encontro das humilhações e das ofensas que suportava por causa da pregação, com
mais entusiasmo do que nós quando nos apressamos para alcançar o prazer das
honrarias; aspirava mais pela morte do que nós pela vida; ansiava mais pela
pobreza do que nós pelas riquezas; e desejava muito mais o trabalho sem
descanso do que nós o descanso depois do trabalho. Uma só coisa o amedrontava e
fazia temer: ofender a Deus. E uma única coisa desejava: agradar a Deus”
(Liturgia das horas III, p. 1209). Não é por ai que começa a nova evangelização?
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