quinta-feira, 2 de outubro de 2014

HOMILIA DO XXVII DOMINGO DO TEMPO COMUM DO ANO DIA 05/10/2014

SOMOS CONVIDADOS A TRABALHAR NA VINHA DO SENHOR.

Primeira Leitura Isaias 5, 1-7.
Salmo 118.
Segunda Leitura Filipenses 4, 6-9.
Evangelho de Mateus 21, 33-43.
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O proprietário da vinha é Deus. A vinha é o povo de Israel e o judaísmo, é o povo de Deus que foi libertado do Egito. Os empregados são os profetas. Os vinhateiros são os saduceus, ou a elite dos judeus. O filho do proprietário é Jesus Cristo. A nossa responsabilidade diante dos apelos de Deus Nos tempos de Jesus, havia nas colinas da Galileia, ricos latifundiários estrangeiros que arrendavam suas propriedades a agricultores do lugar e que, na época das colheitas, mandavam representantes para receber a parte da produção que lhes tocava. Sucedia que, às vezes, esses representantes fossem maltratados, e até mesmo assassinados, pelos arrendatários. Este expediente extremo tornava‑se uma tentação maior quando a pessoa do representante se identificava com a do herdeiro. Pois segundo as leis do tempo sobre a herança, uma propriedade, quando da morte do seu dono sem herdeiros, passava para as mãos de quem a ocupasse por primeiro. Portanto, combinando o canto da vinha de Isaías (5,1-7) e a situação social da época, Jesus conta uma parábola aos chefes judeus na qual Ele revela a clara consciência de ser o enviado de Deus, o Filho, que está sendo rejeitado pelos chefes de Israel e a grave responsabilidade deles.  As consequências serão terríveis. São livres e soberanos na decisão de acolhê-lo ou rejeita-lo, mas já não serão livres das consequências da própria escolha. Como aparece já no canto de Isaías, a vinha é Israel, Deus é o seu dono e os enviados são os profetas que Ele mandou sucessivamente para fazer o seu povo recordar a Aliança. Porém, os profetas foram, em geral, perseguidos e, não raro, assassinados. 
Na plenitude dos tempos, Deus mandou o seu próprio Filho, esperando que, por ele, Israel tivesse maior consideração e o acolhesse, mas rejeitou-o igualmente. Matou‑o, crucificando‑o fora dos muros de Jerusalém. O que Deus poderia ter feito ainda por este povo, Ele que, na imensidão do seu amor, deu o que de mais precioso tinha: seu próprio Filho único? Ele chegou à plenitude do seu dom dando‑se a si mesmo no Filho.  Nada mais lhe resta! O texto diz que Ele tomará a vinha àqueles arrendatários infiéis e dá-la-á a outros que a façam frutificar, significando que Deus rejeitará os chefes judeus e todos aqueles que não acolheram a mensagem de seu Filho e formará um novo povo eleito.  Na verdade, porém, não é Deus que rejeita. Ele é tão misericordioso e longânime que, para salvar o seu povo, enviou continuamente sucessivos mensageiros e, por fim, mandou o seu próprio Filho. Um Deus assim não rejeita ninguém, nem mesmo quem o rejeita tão descaradamente. Aqueles que não aceitam Jesus são excluídos em razão de sua própria escolha.

Pe.Rosevaldo Bahls.

Cascavel, 01/10/2014.

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