HOMILIA DO XXVI DOMINGO DO TEMPO COMUM DO
ANO DIA 28/09/2014.
ENSINA-ME SENHOR, OS TEUS CAMINHOS.
Primeira leitura Ezequial 18, 25-28.
Salmo Segunda leitura Felipenses 2, 1-11.
O ESVAZIAMENTO DE CRISTO NOS ENSINA O
CAMINHO PARA DEUS.
Há sempre a possibilidade de um
recomeço.
Há pessoas que dizem que são do Senhor, mas não são.
Há aqueles que afirmam não quererem trabalhar na vinha do Senhor, mas vão.
Mateus nos conta hoje a parábola dos dois filhos: um disse que aceitava
trabalhar na vinha, mas não foi e o outro, dizendo que não ia, foi. O sim
precisa ser sim... E o não pode, quem sabe se transformar num sim... Há pessoas
que, desde a sua mais terna infância, seguem o Senhor com um gênero sólido de
vida cristã, coerente, numa fidelidade criativa. Há também os que, de alguma
forma, foram se acostumando às coisas religiosas, colocando ritos,
praticando isso e aquilo, mas na realidade tudo com um coração
ritualístico. Na hora dos grandes convites de Deus para ir mar a adentro
não mostram coragem... Dizem sim... Colocam preces, mas não conseguem fazer de
sua vida um hino de serviço à vinha do Senhor. Há a epopeia desse filho da
parábola que não queria aceitar o convite: “Não quero”. Os herdeiros
da tradição venero-testamentária não conseguiram arrumar seu interior e
acolher Jesus. Os pagãos e os pecadores que, na realidade, no principio
disseram um não, mudaram a orientação de sua escolha: “Em verdade eu vos
digo que os cobradores de impostos e as prostitutas vos precedem no reino de
Deus”. Viver é sempre um desafio. Vamos fazendo nossa trajetória e nossas
escolhas. Pode ser que muitos sem uma família ordenada, pessoas que foram
sendo levadas, por seus instintos e na pobreza de cada um, a um estilo de vida
distante das insinuações e dos convites amorosos de Deus. Esses são os
filhos que disseram que não iam... Mas depois se converteram, mudaram a
arrumação de seu interior...As prostitutas e os cobradores de impostos
experimentaram uma festa no coração com a transformação e a conversão do
coração. A epístola aos filipenses, uma carta de Paulo cheia de
ternura, leva seus leitores a um crescimento no amor de Deus. Os
seguidores de Cristo precisam respirar unidade: “... aspirai à mesma coisa,
unidos no mesmo amor; vivei em harmonia, procurando a unidade”. Os que
querem acertar no seu seguimento terão algumas “marcas”: não fazer nada
por competição e vanglória, mas tudo com humildade; nada de agir com
mentalidade de competição; julgue que o outro seja mais importante; não
cuidar apenas o que é seu; ter os mesmos sentimentos de Jesus que sendo de
condição divina se tornou obediente até à morte de cruz.
Pe. Rosevaldo Bhals
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