sábado, 11 de junho de 2011

Domingo de Pentecostes



A Igreja, o Espírito e a Unidade.
“A cada um é dada a manifestação do Espírito em vista do bem de todos”.
O Pentecostes é a festa do Divino Espírito Santo, é uma oportunidade para entender melhor uma realidade central de nossa fé: o Espírito de Deus que Nos é Dado em virtude de nossa fé em Jesus Cristo.
Jesus glorioso manda o Espírito Santo de junto do Pai. No Evangelho (JO 20, 19-23) vemos que no próprio dia da Páscoa, Jesus comunica aos apóstolos e o Espírito Santo, para que exerçam o poder de perdoar os pecados. Pois Jesus é o cordeiro que tira o pecado do mundo (JO 1,29), e os discípulos devem continuar essa missão.
Já Lucas distingue diversos momentos. Depois de ter falado da Páscoa da Ressurreição e da Ascensão de Jesus como entrada na sua glória, Lucas descreve a manifestação do Espírito Santo, aos cinqüenta dias depois da Páscoa, primeira leitura (AT 2,1-11). Neste dia, em que a religião de Israel comemora o dom da Lei no Monte Sinai, descem sobre os apóstolos como que línguas de fogo, para que eles proclamem o evangelho a todos os povos, representados em Jerusalém pelos romeiros da festa, que ouvem a proclamação cada qual em sua própria língua.
Entre os primeiros cristãos, os de Corinto gostavam de mais do “dom de línguas”, pelo qual eles podiam exclamar frases em línguas estranhas. Mas Paulo os adverte de que os dons não se devem tornar fonte de desunião. Os fiéis, com sua diversidade de dons, devem completar-se, como os membros de um mesmo corpo vemos na 2ª leitura (1COT 12,3b-7. 12-13). No milagre de Pentecostes, um falava e todos entendiam em sua própria língua, No “Dom das línguas”, ou glossologia, corre-se o perigo de que todos falem e ninguém entenda. Por isso, Paulo prefere um falar que todos entendam (1º COR 14).
Nós hoje devemos renovar o milagre de Pentecostes: falar uma língua que todos entendam: a língua da justiça e do amor. É a linguagem de Cristo, e é uma língua de fogo! Aliás, o evangelho nos lembra que a primeira finalidade do dom do Espírito é tirar o pecado do mundo (JO 20, 22-23). A Linguagem do Espírito é a linguagem da justiça e do amor. Por outro lado, devemos reconhecer a enorme diversidade de dons no único corpo da Igreja. Somos capazes de considerar as nossas diferenças (pastorais, ideologias etc.) como um mútuo enriquecimento? Colocamo-las em comum? O diálogo na diversidade pode ser um dom do Espírito Santo.
Pe. Rosevaldo Bahls
padrerosevaldo@terra.com.br
Cascavel, 05 de 06 de 2001.

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