quinta-feira, 2 de junho de 2011

6º Domingo da Páscoa






6º Domingo da Páscoa _ Dia 29 de 05 de 2011. Ano “A”
“Quem me ama será amado por meu Pai, e Eu o amarei e me manifestarei a ele”.
O ESPÍRITO PLENEFICA NOSSO BATISMO
Este sexto Domingo da Páscoa o Evangelho de (JO 14,15-21) a palavra de despedida de Jesus Cristo nós estamos (duas semanas antes de Pentecostes), o tema do Espírito Santo que João chama de “Paraclito”, ou seja, o “assistente judicial” no processo do cristão com o mundo, pois o “mundo” (termo com que João indica os que recusam o Cristo) indicou o Cristo e seus discípulos diante do tribunal (perseguição...). Nesta situação, precisamos do advogado que vem de Deus mesmo e que toma o lugar do Cristo (por isso, Jesus diz: um outro Paráclito; (JO 14,16), já que seu teste3munho vem da mesma fonte, que é o Pai. Graças a esse Paráclito a despedida de Jesus não nos coloca numa situação de órfãos ( JO 14,18). Jesus anuncia para breve seu desaparecimento deste mundo; o mundo não mais me verá. Mas os fiéis o verão, pois eles estão nele, como ele está neles. Tudo isso, como a condição de guardar sua Palavra, observar seu mandamento do amor: na prática da caridade, ele fica presente no meio de nós e seu Espírito nos assiste. E o próprio Pai nos ama. Domingo passado a 1ª leitura de (AT 6,1-7)descreve a expansão da Igreja: agora, na Sumária. Também aí aparece o papel do Espírito Santo na comunidade cristã. Quando os apóstolos em Jerusalém ouviram que a Sumária tinha aceito a palavra de Deus, mandaram Pedro e João para impor as mãos a esses batizados, para que eles recebessem o Espírito Santo (AT 8,1ss). Tal prática não era necessária: há casos em que Deus derrama o Espírito mesmo antes do batismo (AT 10, 44ss). Mas desta maneira, a presente narração nos mostra que a vida cristã não é completa sem a efusão do Espírito Santo, que os apóstolos impetravam pela imposição das mãos. Pensando no evangelho, podemos descrever esse Espírito como a inabitação de Deus e Jesus Cristo nos fiéis. Assim, o batismo não é uma mera associação de pessoas em redor do rótulo “Jesus Cristo”, mas realmente participação de sua vida e continuação de sua missão neste mundo. Também o Espírito une a todos; é o Espírito da unidade; por isso, os apóstolos de Jerusalém vão impor as mãos aos batizados da Sumária. Um resquício disto é, ainda hoje, a visita do bispo diocesano nas paróquias para conferir o sacramento da crisma, que é prefiguração nesta leitura de (AT 8). Podemos dizer, também, que se a Páscoa foi o tempo liturgicamente propício para o batismo, a festa de Pentecostes que se aproxima, é o momento propício, para a crisma. Assim, a presente liturgia nos introduz na festa de Pentecostes, aprofundando o significado da Ressurreição. Pois, se a Ressurreição é a vida de Cristo na glória, ele não a vive para si. Ele “ressuscitou para nós” (OR, Eucarística lV). A realização da ressurreição em nós, a presença do Cristo em nós, de tal modo que sejamos Cristo no mundo de hoje, o Espírito de Deus é que a opera: a força de seu sopro de vida, a luz de sua sabedoria, o misterioso impulso de sua palavra, o ardor de seu amor. Para completar a celebração da Ressurreição, devemos abrir-nos agora para que esse Espírito penetre em nós.
2ª Leitura (1PR 3,15-18) nos conscientiza de que estamos em processo com o mundo (Evangelho JPO 14, 15-21). O mundo pede coisas de nós, mas é a Deus que devemos prestar contas. O mundo pode matar como matou Jesus. Mas no Espírito que fez viver o Cristo viveremos. Essa leitura traz algo da teologia do martírio (melhor padecer fazendo o bem do que fazendo o mal). Não devemos interpretá-la num sentido fatalista, como “Deus o quer assim...”, mas num sentido de firmeza, porque o cristão sabe que Cristo é mais decisivo para ele que os tribunais do mundo.

Pe. Rosevaldo bahls
padrerosevaldo@terra.com.br
Cascavel, 24 de maio de 2011.

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