quinta-feira, 17 de março de 2011

CAMPANHA DA TRATERNIDADE DE 2011 E TEMPO QUARESMAL – QUAL É A IMPORTÂNCIA NA VIDA DE CADA SER HUMANO E DOS BATIZADOS?


Para melhor entendermos o projeto da campanha deste ano é preciso lembrar as anteriores.
4º FEIRA DE CINZAS - 2011
SENTIDO DA QUARESMA

Este tempo litúrgico nos abre um caminho espiritual rumo à PÁSCOA: Que é a festa central do Cristianismo e o ponto alto do ano litúrgico.
O tempo quaresmal inicia - se na Quarta Feira de Cinzas com um insistente convite à conversão e a adesão ao Evangelho; diz o senhor Deus todo Poderoso: “CONVERTEI – VOS A MIM DE TODO O CRACÃO, COM JEJUNS, LÁGRIMAS E GEMIDOS DE LUTO. RASGAI OS VOSSOS CORAÇÕES, NÃO AS VOSSAS VESTES; CONVERTEI - VOS AO SENHOR VOSSO DEUS, PORQUE ELE É COMPASSIVO E MISERICORDIOSO...”(Joel 2, 13). Este tempo nos introduz no ciclo Pascal. Nos quarenta dias da quaresma, recordamos os quarenta anos do povo no deserto e os quarenta dias em que JESUS viveu intensa experiência de deserto, preparando – se para a sua missão até a entrega de sua vida.
Este tempo mais do que simples preparação, este tempo constitui – se um ensaio de vida nova no espírito, entregue a nós pela MORTE E RESSURREIÇÃO DE CRISTO.
É tempo de nos purificar do velho fermento para sermos uma nova vida levedada pela verdade.
É tempo de conversão ao projeto de DEUS, ouvindo e acolhendo sua palavra que nos faz retomar a opção fundamental de nossa FÉ, que recebemos em nosso BATISMO.
Dedicando mais tempo a oração, vamos fortalecendo as razões de nossa ESPERANÇA e assumindo a prática da caridade, o verdadeiro e mais agradável JEJUM, como compromisso de vida voltado ao AMOR.
A dimensão comunitária da QUARESMA nos faz entrar em “CAMPANHA DA FRATERNIDADE”, que sempre nos pede conversão e solidariedade em situações bem concretas de nossa sociedade.
“A C. da F tem como objetivo: Motivar a conversão das pessoas, da sociedade, da própria IGREJA para a solidariedade, a justiça, o respeito e a partilha, dando especial destaque, desta vez”
Tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta”
”Lema: “A criação geme em dores de parto” (Rm 8, 22).
O ano de 2007 a campanha nos convidava “CONHECER OS VALORES E A CRIATIVIDADE DOS POVOS DA AMAZÔNIA E AS OPRESSÕES, que sofriam e QUE SOFREM POR CAUSA DO ATUAL MODELO ECONÔMICO E CULTURAL”.
TEMA: “FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA” e o LEMA: “A PAZ É FRUTO DA JUSTIÇA ( IS. 32,17 )”.
Chama – nos a conversão a solidariedade a um novo estilo de vida e a um projeto de desenvolvimento humano baseado nos valores “HUMANOS E EVANGÉLICOS”, seguindo a prática de JESUS no cuidado com a vida humana, especialmente dos mais pobres e de toda a NATUREZA.


C.F. de 2008: “FRATERNIDADE E DEFESA DA VIDA” E O LEMA : “ESCOLHE, POIS, A VIDA”.
A destruição da vida se dá pelo descuido e pela imprudência humana ou pela ganância sistemática e cega. Isto é ofensa ao Criador. Agredimos muito ao Ambiente, e também a interferência leviana na natureza dos organismos vivos, colocando em sério risco a existência de muitos seres vivos, vegetais ou animais. Até podemos nos perguntar que tipo de mundo e ambiente estamos preparando para as futuras gerações que virão depois de nós?
Em relação à vida humana, é ainda mais preocupante. A pobreza extrema e a falta de políticas sociais adequadas deixam a vida humana exposta a situações de risco e precariedade.
A violência, o crime organizado ceifa muitas vidas humanas e muitos ainda na flor da vida. Submetidas a lógica do mercado e da vantagem econômica, a vida humana acaba valendo muito pouco.
A degradação do ambiente, a contaminação e poluição das águas e do ar.
As conseqüentes irresponsabilidades políticas põem em risco a própria sobrevivência da vida no nosso planeta.
Os abortos, que acontecem em nosso PAÍS, de forma estarrecedora de seres humanos inocentes, indefesos, rejeitados e que se nega a alegria de participar do banquete da vida (do existir).
Pelo aborto clandestino, muitas mulheres perdem a própria vida, e isto é terrível, pois ambas as vidas são importantes; pois é dom de Deus.
Pretende-se legalizar a eutanásia, que é uma forma intencional e direta para suprimir a vida humana. Precisamos respeitar a vida do nascer (criança) a velhice ( o idoso).
“Fraternidade e defesa da Vida” e o Lema “Escolhe, pois, a Vida” é a grande questão posta pela C. F. de 2008, e que deve levar – nos a uma reflexão, sobre a completa problemática, que atinge a vida sobre a terra, em especial a vida humana (a nossa vida).
A necessidade de nos EDUCARMOS para a valorização da vida humana e isto é, possível pela responsável solidariedade fraterna, em respeito aos desígnios de DEUS CRIADOR E SENHOR da vida.

Objetivo geral da C.F do ano de 2009 apresentava como tema “FRATERNIDADE E SEGURANÇA PÚBLICA” e o Lema a “Paz é fruto da Justiça”; procrava nos mostrar a preocupação da IGREJA no BRASIL em criar condições para que o EVANGELHO seja vivido em uma sociedade que, a cada dia, se torna mais violenta e insegura para as pessoas e pouca contribuição para que este processo seja revertido através da força transformadora do REINO DE DEUS. O tema quer suscitar o debate sobre a segurança pública e contribuir para a promoção da cultura e da paz nas pessoas, na família, na comunidade e na sociedade, a fim de que todos se empenhem efetivamente na construção da justiça social que seja garantia de segurança para todos. A paz buscada é a paz positiva, orientada por valores humanos como a solidariedade, a fraternidade, o respeito ao “outro” e a mediação pacifica dos conflitos, e não a paz negativa, orientada pelo uso da força das armas, a intolerância com os “diferentes”, e tendo como foco os bens materiais. Para que o objetivo seja atingido é preciso desenvolver nas pessoas a capacidade de reconhecer a violência na sua realidade pessoal e social; denunciar a gravidade dos crimes contra a ética, a economia e as gestões públicas; fortalecer a ação educativa e evangelizadora, objetivando a construção da cultura da paz; denunciar a predominação do medo punitivo presente no sistema penal brasileiro, expressão de mera vingança, a fim de incorporar ações educativas; favorecer a criação e a articulação de redes sociais populares e de políticas públicas com vista à superação da violência e de suas causas e à difusão da cultura da paz; desenvolver ações que visem à superação das causas e dos fatores da insegurança; despertar o agir solidário para as vítimas da violência; apoiar as políticas governamentais valorizadoras dos direitos humanos.



Campanha da fraternidade de 2010, também Ecumênica. Tinha como tema: ECONOMIA E VIDA. E o lema: VOCES NÃO PODEM SERVIR A DEUS AO DINHEIRO (MT, 6,24).
A reflexão desta campanha tinha ligação com a proposta de AGAPE (Alternative Globalization Adressing Peoples ond Eorth – Globalização Alternativa Dirigida aos povos e à terra), processo iniciado pelo conselho Mundial de Igrejas desde a assembléia Geral realizada em Harare (1998). Essa proposta continua mobilizando as Igrejas depois de novo impulso dado pela Assembléia do CMI, realizada em 2006 aqui no Brasil, em Porto Alegre, com o Lema “Deus em tua Graça, transforma o mundo!”.
Esta Campanha tinha como principio de construir novas relações apontando princípios de justiça, abrindo caminhos de solidariedade. A vida em fraternidade e a solidariedade suscitam uma sociedade em que todos se sintam como família, em paz, harmonia e segurança.
O tema desta campanha se voltava para a valorização da pessoa, o cuidado da natureza e os grandes direitos dos seres humanos, compreendidos como filhos preciosos e amados do Criador.
Objetivos: a) Colaborar na promoção de uma economia a serviço da vida.
b) Este objetivo exige que haja justiça social, consciência ambiental, sustentabilidade, empenho na superação da miséria e da fome e, de um modo geral, que se considere como atenção especial, a dignidade da pessoa e o respeito aos direitos humanos.


A Campanha da Fraternidade 2011 tem como
Tema: “Fraternidade e a Vida no Planeta”
Lema: "A criação geme em dores de parto" (Rm 8, 22)


A campanha da fraternidade de 2011 traz o tema do aquecimento global e das mudanças climáticas e ai as intempéries climáticas que assolam as populações, de forma cada vez mais intensa e em quantidade sempre crescente, de forma a justificar a temática.
É uma questão polêmica a causa desse desequilíbrio climático, há pesquisadores discutindo essa realidade e que basicamente formam dois grupos: a) Há os que entendem que o aquecimento global é oriundo de processos da própria natureza, b) e os que afirmam que o planeta está apresentando aquecimento devido às grandes quantidades de emissão de gases de efeito estufa, que se intensificam a partir do momento da industrialização de muitos países, ou como alguns preferem, é resultante de causas antrópicas.
Mas uma coisa é indispensável, nossa experiência constata que mudanças climáticas estão em curso e que já alteramos substancialmente o planeta. E, considerando que o clima da terra é resultante, em parte, da interação dos seres que o habitam, torna-se difícil negar que alterações, como as derrubadas de florestas, modificações nas águas marinhas e na atmosfera, que recebem uma carga intensa de gases de efeito estufa, não contribuam para as mudanças climáticas que verificamos.
Já que identificamos as ações, que mais imitem gases de efeito estufa é um passo importante para buscarmos alternativas, que resultem em menores índices de emissões de gases de efeito estufa.
E que a Palavra de Deus e a caminhada quaresmal, rumo a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo, possam nos despertar para o exercício do cuidado para com a vida no planeta; que pede socorro.

OBJETIVO GERAL

Contribuir para o aprofundamento do debate e busca de caminhos de superação dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e seus impactos sobre as condições da vida no planeta.




OBJETIVOS ESPECÍFICOS

1. Viabilizar meios para a formação da consciência ambiental em relação ao problema do aquecimento global e identificar responsabilidades e implicações éticas.

2. Promover a discussão sobre os problemas ambientais com foco no aquecimento global.

3. Mostrar a gravidade e a urgência dos problemas ambientais provocados pelo aquecimento global e articular a realidade local e regional com o contexto nacional e planetário.

4. Trocar experiências e propor caminhos para a superação dos problemas ambientais relacionados ao aquecimento global.

ESTRATÉGIAS

1. Denunciar situações e apontar responsabilidades no que diz respeito aos problemas ambientais decorrentes do aquecimento global.

2. Propor atitudes, comportamentos e práticas fundamentados em valores que tenham a vida como referência no relacionamento com o meio ambiente.

3. Mobilizar pessoas, comunidades, Igrejas, religiões e sociedade para assumirem o protagonismo na construção de alternativas para a superação dos problemas socioambientais decorrentes do aquecimento global.Fonte: CNBB.
Pe. Rosevaldo Bahls
padrerosevaldo@terra.com.br
Cascavel, 18 de 01 de 2011.

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