HOMILIA
DO XXXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM DO ANO A DIA 23/11/2014. SOLENIDADE DE CRISTO
REI DO UNIVERSO.
PEIMJEIRA LEITURA EZEQUIEL 34, 11-12.17-17.
SALMO 22(23).
SEGUNDA LEITURA 1ªCORINTIOS 15, 20-26.28.
EVANGELHO DE
MATEUS 25, 31-46.
“VINDE
BENDITOS DE MEU PAI!”!
Neste domingo, a
Igreja conclui o ano litúrgico com a solenidade de Cristo Rei,
quando revivemos a feliz conclusão da peregrinação de Jesus junto à
humanidade. Iluminada pelo Espírito Santo, a igreja foi muito feliz em colocar
esta solenidade nesta ocasião, pois é ao nosso Rei: NOSSO SENHOR JESUS CRISTO,
que devemos ofertar toda a nossa caminhada de fé realizada ao longo deste ano
litúrgico que chega ao seu final. Jesus é o único Rei que se
apresenta aos homens sem nenhum aparato, sem nenhuma segurança física, pois
no Reino que Ele veio implantar aqui na terra, a arma mais poderosa é o
amor e a autoridade é o serviço! Neste Reino não há espaço para a
violência, as operações de guerra são concentradas no serviço ao próximo. Embora
o Reino de Jesus não seja deste mundo, como Ele mesmo diz, o seu
reinar não está fora do mundo, pois a sua presença, é a
presença deste reino! A festa de Cristo Rei do Universo é um Prêmio para
o cristão. É a forma que a Igreja encontrou para coroar os esforços e trabalhos
das comunidades através dessa grande festa. Festa que é, ao mesmo tempo, de
extrema nobreza e humildade. Festejamos Jesus, o Rei dos reis que, sendo Filho
de Deus, não assumiu o poder nem os símbolos da grandeza humana, mas vestiu-se
com as roupas da humildade, da simplicidade e da pobreza. Um Rei nobre por
natureza, capaz de vencer sem destruir, fazendo do amor sua única arma. "Vinde,
benditos de meu Pai! Vós que estais à minha direita, recebei como herança este
Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!" Já pensou?
Consegue imaginar a alegria daqueles que ouvirem estas palavras? Ser chamado de
bendito e encontrar seu lugar reservado em meio às maravilhas que os olhos
humanos jamais viram. Essa é a herança para quem souber partilhar e encontrar
no amor uma forma de servir. Estar à direita do Rei significa estar ao lado dos
fracos, dos pobres, dos oprimidos e injustiçados.
Jesus se identifica com o
irmão faminto, doente, encarcerado e marginalizado. Dar de comer ou de beber,
visitar, abrigar, socorrer nos momentos difíceis; essas são algumas das coisas
que podemos fazer, ou não, por nosso semelhante. Não existe neste mundo um
reinado com tanta liberdade. Ninguém é tão livre quanto os súditos do Rei dos
reis. A escolha é nossa, no entanto, Jesus deixou bem claro que aquilo que se
faz ou se deixa de fazer ao próximo, é a Ele que fazemos ou deixamos de fazer. Ser
ovelha ou cabrito é uma questão de livre escolha. Ficar à esquerda ou à direita
do Pastor depende somente de nós. Como foi dito, nossa liberdade é ilimitada,
nosso Rei não é opressor, mas é exigente, e suas regras são muito claras. Seu
lado direito já está reservado para quem viver o amor. E os gestos concretos? A
solidariedade, a caridade, onde estão? Estas serão as perguntas que ouviremos
um dia. Feliz aquele que tiver respostas concretas, feliz o justo que, mesmo
sem saber, deu de beber e de comer, vestiu, visitou, acudiu Jesus Cristo na
figura do irmão. Esse viverá a liberdade, será acariciado como a ovelha
resgatada e receberá sua herança na eternidade.
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