quinta-feira, 20 de novembro de 2014

HOMILIA DO XXXIX DOMINGO DO TEMPO COMUM DO ANO A DIA 23/11/2014. SOLENIDADE DE CRISTO REI DO UNIVERSO.


PEIMJEIRA LEITURA EZEQUIEL 34, 11-12.17-17.
SALMO 22(23).
SEGUNDA LEITURA 1ªCORINTIOS 15, 20-26.28.
EVANGELHO  DE MATEUS 25, 31-46.


“VINDE BENDITOS DE MEU PAI!”!

Neste domingo,  a Igreja conclui o ano  litúrgico com a solenidade de Cristo Rei, quando revivemos  a feliz conclusão da peregrinação de Jesus junto à humanidade. Iluminada pelo Espírito Santo, a igreja foi muito feliz em colocar esta solenidade nesta ocasião, pois é ao nosso Rei: NOSSO SENHOR JESUS CRISTO, que devemos ofertar toda a nossa caminhada de fé realizada ao longo deste ano litúrgico que chega ao seu final. Jesus é o único  Rei   que se apresenta aos homens  sem nenhum aparato, sem nenhuma segurança física, pois no Reino que Ele veio implantar aqui na terra, a arma mais poderosa  é o amor e  a autoridade é o serviço! Neste Reino não há espaço para a violência, as operações de guerra são concentradas no serviço ao próximo. Embora o  Reino  de Jesus não seja deste mundo, como Ele mesmo diz, o seu reinar não está fora do mundo, pois a sua  presença,  é a presença  deste reino! A festa de Cristo Rei do Universo é um Prêmio para o cristão. É a forma que a Igreja encontrou para coroar os esforços e trabalhos das comunidades através dessa grande festa. Festa que é, ao mesmo tempo, de extrema nobreza e humildade. Festejamos Jesus, o Rei dos reis que, sendo Filho de Deus, não assumiu o poder nem os símbolos da grandeza humana, mas vestiu-se com as roupas da humildade, da simplicidade e da pobreza. Um Rei nobre por natureza, capaz de vencer sem destruir, fazendo do amor sua única arma. "Vinde, benditos de meu Pai! Vós que estais à minha direita, recebei como herança este Reino que meu Pai vos preparou desde a criação do mundo!" Já pensou? Consegue imaginar a alegria daqueles que ouvirem estas palavras? Ser chamado de bendito e encontrar seu lugar reservado em meio às maravilhas que os olhos humanos jamais viram. Essa é a herança para quem souber partilhar e encontrar no amor uma forma de servir. Estar à direita do Rei significa estar ao lado dos fracos, dos pobres, dos oprimidos e injustiçados.

Jesus se identifica com o irmão faminto, doente, encarcerado e marginalizado. Dar de comer ou de beber, visitar, abrigar, socorrer nos momentos difíceis; essas são algumas das coisas que podemos fazer, ou não, por nosso semelhante. Não existe neste mundo um reinado com tanta liberdade. Ninguém é tão livre quanto os súditos do Rei dos reis. A escolha é nossa, no entanto, Jesus deixou bem claro que aquilo que se faz ou se deixa de fazer ao próximo, é a Ele que fazemos ou deixamos de fazer. Ser ovelha ou cabrito é uma questão de livre escolha. Ficar à esquerda ou à direita do Pastor depende somente de nós. Como foi dito, nossa liberdade é ilimitada, nosso Rei não é opressor, mas é exigente, e suas regras são muito claras. Seu lado direito já está reservado para quem viver o amor. E os gestos concretos? A solidariedade, a caridade, onde estão? Estas serão as perguntas que ouviremos um dia. Feliz aquele que tiver respostas concretas, feliz o justo que, mesmo sem saber, deu de beber e de comer, vestiu, visitou, acudiu Jesus Cristo na figura do irmão. Esse viverá a liberdade, será acariciado como a ovelha resgatada e receberá sua herança na eternidade.

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