sábado, 27 de dezembro de 2014

HOMILIA, SAGRADA FAMÍLIA DE JESUS MARIA E JOSÉ, DO ANO B, DIA 28/12/2014.

Primeira leitura Eclesiástico 3,3-7.14-17.
Salmo 1279128).
Segunda leitura Colossenses 3,12-21.
Evangelho Lucas 2,22-40 ou 22,39-40.



Estamos vivendo a alegria do Natal, o início da redenção do mundo, por isso, aceite nossos votos de feliz Natal, muito alegria e paz para toda sua família! Jesus já nasceu e está entre nós. Anjos se revestem de luz para anunciar a chegada do Salvador. Os pastores encontram o Menino Deus no seio de sua família, amparado por Maria e José. O Verbo Divino quis nascer numa família para nos mostrar como ela é importante. Já disse um poeta: "A família é o santuário da vida". O evangelho de hoje fala da apresentação de Jesus no templo e da purificação de Maria. Mostra a Sagrada Família cumprindo seus deveres religiosos. A celebração da Sagrada Família é a festa das famílias. Conforme determinava a lei, durante os sete dias que se seguiam ao nascimento do filho, a mãe era considerada impura. Devia ainda ficar mais trinta e três dias em casa e só após o quadragésimo dia iria fazer a sua oferta que consistia em um cordeiro e uma pomba. Se fosse pobre, oferecia duas rolas ou dois pombinhos. Maria ofereceu dois pombinhos, o sacrifício dos pobres. Era só o que podia dar. Isso mostra bem a condição humilde da família de Nazaré. Jesus quis vir ao mundo numa família simples e pobre. Poderia ter nascido num castelo todo iluminado, cercado pelo conforto e embalado num "berço de ouro", mas não o fez. Nasceu na periferia, num curral sem iluminação e uma manjedoura foi seu berço. Desprendeu-se de tudo, nem mesmo enxoval devia ter. No entanto, Jesus não abriu mão da família. Este é o recado da liturgia de hoje: a família deve estar acima de qualquer bem material. Sem ela, de nada vale o ouro e não existe tesouro. No templo, Maria ouviu de Simeão estas palavras: "Quanto a ti, uma espada transpassará a tua alma". Em silêncio, guardou no coração essas palavras e meditava sobre elas. Mulher forte e corajosa que sabia das dificuldades que encontraria para cumprir sua tarefa no Plano de Salvação, entretanto, desistir é algo que nunca lhe passou pela ideia. Renunciar, desistir, duvidar, são verbos que Maria nunca conjugou. Sempre acreditou. Nunca se sentiu desamparada. Sabia do imenso amor do Pai e encontrou apoio na família. O diálogo e a presença constante do esposo e do Filho multiplicavam suas forças. Caminhavam juntos alimentados pela oração. Dois mil anos se passaram e as palavras de Simeão continuam presentes. Seu recado agora é para a família moderna mutilada e desvalorizada. Sua mensagem quer aliviar a dor de milhares de corações transpassados; são mães, pais e filhos atingidos pela espada da desunião, pela falta de diálogo e pela ausência da oração. Esta é a boa notícia de hoje: Vamos levar o amor às famílias! Quando o respeito, o diálogo e a oração, estiverem presentes nos lares, poderemos dizer: "Agora Senhor podes deixar teu servo partir em paz, pois meus olhos já viram a salvação das famílias!". 

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