HOMILIA DO XXIV DOMINGO DO TEMPO COMUM
DO ANO A DIA 14/09/2014
EXALTAÇÃO DA CRUZ
Salmo
78(77).
Segunda
Leitura Filipenses 2, 6-11.
Evangelho
João 3, 13-17.
“DEUS ENVIOU O SEU
FILHO AO MUNDO, NÃO PARA CONDENAR O MUNDO, MAS PARA QUE O MUNDO SEJA SALVO POR
ELE”.
“Junto à cruz de Jesus estavam de pé sua mãe,
a irmã de sua mãe, Maria, mulher de Cléofas, e Maria Madalena”.
Depois de Jesus, a Cruz passa a ter um novo sentido.
Antes de Jesus, a cruz era vista como um instrumento de castigo, de humilhação,
de condenação dos criminosos. Porém, o fato de Jesus, o Filho de Deus ter sido
crucificado deu à cruz um sentido novo: Ela deixou de evocar a condenação e a
morte, para significar a exaltação da vida. E esta mudança radical da maneira,
de se ver a cruz foi por causa da vida de Jesus. Jesus, pela sua existência
impecável só fazendo o bem e anunciando a Boa Notícia para a nossa salvação,
aceitou a morte de cruz, e isto demonstrou a sua fidelidade ao plano do Pai em
relação ao Filho, Cordeiro imolado pesos nossos pecados e para a nossa
salvação. Nela ficou patente que Deus era o senhor único e exclusivo da vida de
Jesus, e que nenhum fariseu ou escriba foi suficientemente forte para desviá-lo
do caminho traçado pelo Pai. Jesus, apesar de ter pedido ao Pai no Horto das
Oliveiras que o livrasse daquele cálice amargo, deixou, contudo que se
realizasse a vontade desse mesmo Pai. Por isso Jesus não vacilou e enfrentou o
martírio de cruz com cabeça erguida, até o final em que disse: “Pai tudo
está consumado, a Ti entrego o meu espírito. Espero em Ti meu Deus também ter a
oportunidade de repetir estas mesmas palavras de Jesus, no meu último instante
de vida. É daí que se originou o respeito dos cristãos pela cruz que passou a
simbolizar, sinal de vida eterna. Ao olhar a Cruz, não devemos nos fixar na
paixão de Cristo, mas sim na sua ressurreição e no que isto significa para nós
durante a nossa caminhada terrena. A cruz nos lembra a fidelidade de Jesus ao
plano do Pai. A Cruz é um resumo do amor de Jesus pela humanidade, ao
entregar-se para resgatá-la do pecado, e é um convite para que façamos o mesmo.
Para que nos amemos sem reservas, e para que nos entreguemos também sem
reserva ao plano de salvação de Deus Pai, evangelizando: Seja, com o exemplo,
seja com a palavra, seja com o testemunho. Isso porque a cruz representa a
dedicação radical e incondicional de Jesus ao Reino, e estimula a todos nós a
fazer o mesmo. Portando, não se trata de idolatrar dois pedaços de madeira como
já fomos criticados pelos nossos irmãos separados, mais sim. Exaltar a cruz é,
pois, exercer o nosso papel de cristãos, isto é, aqueles que imitam a Cristo
não só com a palavra, mais acima de tudo, com o exemplo.
Pe. Rosevaldo Bahls.
Cascavel, 10/09/2014.
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